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sexta-feira, 6 de junho de 2014

O que começar a ler para "salvar" fotografias em situação de risco?


Por conta da escassez de estudos na área, muitas pessoas acabam recorrendo ao GPAF na busca de referência sobre preservação de acervos fotográficos. O escopo do grupo não está exatamente voltado para esse tipo de problema, mas, mesmo assim, este post tentará apresentar algumas referências inciais, que têm nos servido como inspiração.

O primeiro a saber é que um conjunto fotográfico nunca deve ser entendido como algo isolado. Ele, de algum modo, se relaciona com uma coleção, um fotógrafo, um arquivo, um produtor, uma função, um modo de registrar o presente, um valor social, uma importância histórica etc. O importante, então, é situar os documentos, antes de mais nada, em uma perspectiva de patrimônio fotográfico para, depois, pensar nos aspectos técnicos do tratamento e organização. A parte técnica pode, didaticamente, ser pensada em dois grandes focos: um físico, dedicado à preservação e a conservação; e um informacional, que se ocupará de trabalhar as técnicas, conteúdos, contextos (históricos e arquivísticos), bem como a política de acesso, divulgação, cópias, direitos etc.

Esquematicamente teríamos, então, a seguinte estrutura de relações de temas:
1. Patrimônio fotográfico
  • 1.1. Tratamento Físico
    1.1.1 - preservação
    1.1.2 - conservação
    1.1.3 - restauração
    1.1.n - etc.
  • 1.2.  Tratamento informacional
    1.2.1 - técnicas e materiais
    1.2.2 - autores (pessoais e institucionais)
    1.2.3 - funções originais

    1.2.4 - funções posteriores
    1.2.5 - contextos históricos e sócio-culturais
    1.2.6 - contextos administrativo e arquivístico
    1.2.7 - acesso e divulgação
    1.2.8 - cópias e direitos
    1.2.n - etc.
O ponto de referencia inicial está em inglês e localiza-se no site do Photographic and Audiovisual Archives Group do Conselho Internacional de Arquivos (acesso aqui). Lá há duas páginas que trarão boas referências preliminares: a do "kit de sobrevivência" (acesso aqui), com informação básica e resumida sobre recursos mínimos necessários;  e a de "recursos do PAAG" (acesso aqui), que apresenta uma boa relação de documentos e manuais técnicos, disponíveis para consulta na Web. As outras páginas são importantes para informações mais avançadas e/ou complementares.

Nosso blog, além dos links para o PAAG, traz também acesso a muitos textos na caixa "recursos", no canto superior esquerdo. Os textos disponibilizados pelo Centro de Pesquisa e Difusão da Imagem (CRDI), em Girona, Catalunya, trazem importantes reflexões sobre a compreensão e implicações práticas do conceito de Patrimônio Fotográfico além de muitos textos técnicos relativos ao tratamento físico. Os textos trabalhados pelo GPAF em disciplinas da pós-graduação são mais voltados para o tratamento informacional, sobretudo quanto às relações das imagens fotográficas com o contexto de produção documental. É importante indicar que não são divisões estanques e que há textos de toda natureza em ambos grupos de links.

Dentro de tão vasto universo vale à pena ler pelo menos o seguinte:
  • Um grande manual, que é uma referencia completa e obrigatória:
    > Boadas, J.; Casellas, L.; Suquet, M. Manual para la gestión de fondos y colecciones fotográficas. Girona: Biblioteca de la Imagen, CCG Ediciones - Ajuntament de Girona (CRDI), 2001, Disponível aqui; link alternativo aqui.
  • Duas discussões iniciais bem fundamentadas sobre Patrimônio Fotográfico:
    > Boadas, J. Patrimonio fotográfico: estrategias de gestión y preservación, dins el documento escrito y el documento fotográfico. Las Palmas de Gran Canaria: Anroart Ediciones, 2007, p. 15 a 32. Disponível aqui;
    >> Iglésias, D. Materiales fotográficos: conocer, analizar y preservar. 4a. Jornada Provincial de Archiveros. Còrdova, 2009. Disponível aqui.
  • Três textos relacionados às questões físicas e técnicas:
    > Diagnóstico: Pérez, J. L'Estudi diagnòstic per a arxius d'imatges. 4es Jornades Imatge I Recerca: Antoni Varés . Girona, 1996. Disponível aqui.
    >> Equipamentos: Boadas, J.; Iglésias, D. Equipamientos y materiales para la instalación de un archivo audiovisual : el Centre de Recerca i Difusió de la Imatge (CRDI), a Restauración & Rehabilitación. Revista Internacional del Patrimonio Histórico , núm. 89 (2004). Disponível aqu.
    >>> Novas tecnologias: Casellas, L-E; Iglésias, D. Nuevas tecnologías y tratamiento de fondos y colecciones fotográficas. 2as Jornadas Imagen, Cultura y Tecnología . Madrid, 2003. Disponível aqui.
  • Quatro textos sobre contexto e questões arquivísticas:
    Arquivo fotográfico: Heredia, A. La fotografía y los archivos. In: Foro Iberoamericano de la Rábida. Jornadas Archivísticas, 2, 1993, Palos de la Frontera. La fotografía como fuente de información. Huelva: Diputación Provincial, 1993. Disponível aqui.
    >> Documento fotográfico DE arquivo: Lopez, A. Photographic document as image archival document., 2009 . In 8th Conference on Technical and Filed Related Problems of Traditional and Electronic Archiving, Radenci/Slovenia, 25 - 27 March 2009. Disponível aqui.
    >>> Documento fotográfico EM arquivo: Carvalho Madio, T. Uma discussão de documentos fotográficos em ambiente de arquivo. In: VALENTIM, Marta Lígia Pomim. Estudos avançados em Arquivologia. Marília: Cultura Acadêmica, 2012. cap. 3. p. 55-68. Disponível aqui (link alternativo aqui).
    >>>> Contextualização: Lopez, A. Contextualización archivística de documentos fotográficos. Alexandria: revista de Ciencias de la Información, Lima, ano V, n.8, jan./dez. 2011. Disponível  aqui
  • Cinco livros mais recentes com diversidade de temas (nem todas disponíveis on-line):
    > Salvador, A. Ruiz, A. Archivos fotográficos: pautas para su integración en el entorno digital. Granada: UGr, 2006.
    >> Dirección de Bibliotecas, Archivos y Museos. Apuntes metodológicos para la documentación de fotografias. Santiago de Chile: DIBAM, 2012. Disponível aqui.
    >>> Fundación Patrimonio Fílimico Colombiano. Principios y técnicas en un archivo audiovisual. Bogotá, 2010. Disponível aqui.
    >>>> Recio, J. (org.) Gestión del patrimonio audiovisual en medios de comunicación. Madrid: Síntesis, 2013.
    >>>>> Sanchéz-Vigil, J. Salvador, A. Documentación fotográfica. Barcelona: UOC, 2013.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Imágenes de la resistencia: uma memória social revelada pelo arquivo pessoal de Juan Carlos Cáceres

Fonte: Imágenes de la Resistencia
A imagem acima foi copiada do site Imágenes de la Resistencia (acesse) e faz parte do bloco de fotografias de "protestos populares", um dos diversos álbuns que compilam mais de 3.000 fotografias produzidas durante o regime militar no Chile.

Cáceres, estudante da Universidad Católica de Chile, por curiosidade, ousadia ou visão, agarrou sua máquina fotográfica e produziu um importantíssimo acervo imagético, que imortalizam os atores civis e militares dos longos 17 anos da ditadura chilena. 

O golpe de estado de 1973 deu início ao regime autoritário de Pinochet, que se manteve através das ações do Dirección de Inteligencia Nacional, a DINA, e da aliança político-militar, idealizada pelo Chile, entre os países da América Latina e seus respectivos governos militares, a Operação Condor. Essas e diversas outras iniciativas tornaram possíveis os atos de detenção, tortura, execução e desaparecimento de pessoas. Essa postura de governo contradiz com toda e qualquer determinação de direito do ser humano.

Além da importância inegável das fotografias de Cáceres, a necessidade humana, social e individual de recordar o passado e tentar reparar os danos causados às vítimas e familiares, faz com que seu valor seja imensurável. A organização e descrição do acervo, a última, acredito, realizada pelo próprio fotógrafo, nos permite identificar elementos da fotografia que seriam perdidos caso esse trabalho nunca fosse realizado.

Como exemplo, a fotografia escolhida para esse post, foi titulada por Cáceres:
“En la Plaza de la Constitución fueron exhibidos los autos de los escoltas de Pinochet después que intentaran asesinarlo miembros del FPMR en el Cajon del Maipo.”
Também datada de 9 de setembro de 1986, a fotografia estaria completamente perdida e descontextualizada se chegasse às mãos de alguém que não esteve presente no momento e, pior ainda, se não conhecesse profundamente a história da ditadura chilena. Muito menos saberíamos, hoje, a data exata do documento. 

Juán Carlos Cáceres, conscientemente ou não, nos deixa um arquivo repleto de valor e significado, o que não seria possível sem a preocupação do fotógrafo em recuperar o sentido de suas obras por meio de suas características fundamentais, e proporcionar seu acesso. O projeto se explica:
“Imágenes de la resistencia es un testimonio visual de cómo los actores sociales, en todas sus dimensiones, las figuras políticas de la época, los grupos armados, la resistencia popular, las manifestaciones estudiantiles, todo el cuerpo social contrario al Régimen Militar, fue capaz de aunar sus fuerzas en post de establecer una democracia en nuestro país.”

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Digifoto foi tema de palestra "en la U"


Em 17/03 o projeto Digifoto foi objeto dos encontros periódicos promovidos pelo Archivo Andrés Bello, da Universidad de Chile. O evento, previsto para ser um bate-papo com umas 25 pessoas superou as expectativas, lotando a belíssima sala de eventos e deixando, infelizmente, pessoas interessadas do lado de fora. Na discussão foram abordados alguns aspectos relacionados às especificidades dos documentos imagéticos e fotográficos, com foco em situações arquivísticas. Alguns exemplos relacionados à própria pesquisa do Digifoto e à situações concretas do Archivo Andrés Bello foram abordados. 

Um dos pontos importantes discutidos foi a questão da suposta "organização" arquivística de documentos fotográficos por conteúdo - procedimento não recomendado e sem sustentação teórica -  no momento em que abrimos uma caixa de papelão repleta de documentos fotográficos não identificados. Nela havia num retrato de estúdio de um casal em trajes nupciais, provavelmente do princípio do século XX. A audiência, ao ser indagada, foi unânime em indicar que a foto referia-se ao assunto "matrimônio". A segunda pergunta às mesmas pessoas foi relativa à própria atuação profissional; foram quase unânimes em se auto-identificarem como não-arquivistas. Evidenciou-se, então, que para identificar aquela foto como "matrimônio" não haveria necessidade de formação (ou prática) em Arquivologia, explicitando que a "inteligência arquivística" consiste, na realidade, em identificar e sistematizar as informações contextuais dos documentos fotográficos e não do conteúdo imagético. A dificuldade, no caso dos documentos fotográficos, está no fato de que a separação física dos acervos, dando precedência ao valor patrimonial dos objetos fotográficos (em detrimento dos documentos de arquivo) muitas vezes pode tornar a informação arquivística inatingível.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Contribuições do Chile "Los Fotógrafos del Sur"

Copiado de: CAROZZI ACUÑA, Romina. Los Fotógrafos del Sur.
Titulo: Mapuche. Formato: Carte de Visite.
Autor: Juan de Dios Carvajal y Fernando Valck Wiegand. Año : 1890/1900.
Foi com grande prazer que o GPAF recebeu dois artigos científicos da pesquisadora Romina Carozzi Acuña. Um deles trata do tema "Fotografía, Hongos y Bacterias: Daño Biológico en Material Fotográfico", que será objeto de um segundo post. Do outro, intitulado "Los Fotógrafos del Sur", realizamos alguns excertos no sentido de mostrar a importância do trabalho desenvolvido por essa pesquisadora sobre as raízes dos primeros fotógrafos do Chile e uma amostra de suas respectivas fotografias.
Sem dúvida, trata-se de uma maravilhosa contribuição para os estudos e pesquisas do GPAF, bem como, marca novamente a interação de nosso grupo e seus pesquisadores com a comunidade internacional.
Portanto, Rominia, receba as boas-vindas de todos os membros do GPAF, continue contribuindo e intercambiando suas experiências e pesquisas conosco.
Muito obrigado!


Los Fotógrafos del Sur**
Romina Carozzi Acuña*
Excertos**
"El presente trabajo investigativo tiene como eje central a los fotógrafos conocidos como “Los Fundadores”, quienes forman parte importante de la historia de la actividad fotográfica en el territorio llamado Chile, como también sus imágenes, las cuales, son forjadoras de memoria e identidad.
La razón de elegir como tema central a “Los Fundadores” es el hecho de que la historia de la fotografía chilena es aún un tanto difusa, si bien ya son casi 180 años de trabajo fotográfico, el hecho de crear un sustento teórico es una necesidad, la creación de una historia en el plano teórico se hace imperante, ya que no basta con la cronología que existe o con una agrupación de nombre conocidos, sino que realmente un hacer historia, una profundización en cada etapa de la fotografía, de la evolución de los materiales, y de las diferentes disciplinas que en ella se han desarrollado, como el fotoperiodismo o la fotografía artística.
Es por ello que me motiva el investigar sobre el pasado fotográfico, para contribuir a la formación de la historia de nuestra fotografía.
Específicamente para este trabajo, he recopilado información, en primera instancia, de textos encontrados en la Biblioteca de la Facultad, de información en la red, y luego, de libros propios que adquirí debido al gran interés en el tema. Para luego reflexionar acerca del tema y mediante la redacción del trabajo, responder algunas preguntas y lograr ser un aporte a la historia de la fotografía chilena.
Finalmente señalar el enfoque del trabajo, el cual tomara a la triada de “Los Fundadores” Cristián Enrique Valck, Gustavo Milet y Obder Heffer, específicamente, para luego reflexionar en torno al tema de las imágenes, el pueblo mapuche. Como también, haciendo reseña a la materialidad utilizada en aquella época.
Luego del arribo de la fotografía al puerto de Valparaíso a mediados del siglo XIX, y del arraigo de este nuevo medio tecnológico en la sociedad chilena, acontecen diversos sucesos que permiten el desarrollo de la fotografía étnica. Uno de ellos es el arribo de la mirada de fotógrafos extranjeros al territorio y otro muy importante es el fin de la campaña conocida como “Pacificación de la Araucanía” en donde se logró penetrar en los vastos territorios indígenas.
De este espíritu aventurero, estaban también impregnados, Cristían Enrique Valck, Gustavo Milet y Obder Heffer.
Los Fotógrafos del Sur
Cargados de sus pesados y aparatosos equipos fotográficos, y movidos por el deseo de retratar y registrar lo exótico de su nueva cotidianeidad sureña; Valck, Milet y Heffer nos heredaron una hermosa producción de imágenes que vale la pena conocer y analizar ya que nos llevan a reflexionar sobre temas como el pasado, las raíces, nuestra identidad, nuestro patrimonio y la tarea pendiente que tenemos con el resguardo y preservación del mismo.
De esta forma vale la pena indagar en cada uno de estos personajes, descubrir su historia y su individualidad, y por supuesto, lo que hasta el día de hoy trasciende, que es su trabajo fotográfico."


*Romina Carozzi Acuña es licenciada en artes con mención en artes plásticas, artista fotógrafa y conservadora/restauradora del patrimonio cultural mueble, en la u. de Chile. Actualmente trabaja como conservadora/restauradora en el Archivo Central Andrés Bello de la misma universidad.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

"Charla" sobre fotografias


Título: Repositorio digital de materiales fotográficos de archivo: algunas cuestiones prácticas.
Local: Archivo General Andrés Bello - Universidad de Chile - Cl Arturo Prat, 23 - Santiago de Chile
Data e horário: 17 de Abril - 12:00hs
Palestrante: André Porto Ancona Lopez