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sábado, 13 de outubro de 2012

Saber o que uma imagem representa

No universo dos documentos imagéticos de arquivo é fundamental saber o que uma imagem representa para evitar compreensões equivocadas. Tomemos como exemplo a imagem abaixo:
Detalhe de foto por André Porto Ancona Lopez
Se você tem um mínimo de cultura beatlemaníaca irá dizer que se trata de uma representação célebre capa do álbum "Abbey Road". Se não tiver tal informação poderá dizer que se trata de um grupo de músicos caminhando sobre um teclado. De qualquer modo, mesmo com a acertada referência aos grupo de Liverpool, dificilmente alguém diria se tratar de material publicitário de campanha educativa de trânsito, dada à tendência de se interpretar as imagens de modo isolado de seu contexto. Como vemos adiante, a alternativa mais improvável era a correta:
Foto André Porto Ancona Lopez
Trata-se de uma campanha publicitária feita pela prefeitura de Sabaneta, Colômbia, com os dizeres “O pedestre primeiro”, exposta junto à praça principal daquela cidade, que é o local de maior circulação de veículos e concentra o maior tráfego de turistas. A imagem publicitária tem a característica de se remeter a outras imagens mais  conhecidas. Neste caso, a referência só funciona com pessoas mais velhas, que tenham alguma base de cultura beatlemaníaca. Porém, mesmo sem a compreensão da referência musical, a mensagem (de trânsito) é bem clara indicando a necessidade de respeito ao pedestre. Em termos de significação arquivistica, o docuemnto, antes de ser uma homenagem aos Beatles é um produto da Secretaria de Governo da cidade de Sabaneta. 

É preciso, ainda, saber o que contextualizar: a faixa, ou a imagem da faixa? No caso do documento fotográfico, não se está mais falando de um produto da cidade de Sabaneta, porém de um registro produzido, deliberadamente, com a finalidade de ilustrar didaticamente questões relativas às imagens para este blog.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Coleção de documentos imagéticos de Formiga (MG): iniciando com uma charada

Foto: coleção de Cleber Antônio Oliveira. Formiga (MG). s.d.

Através de minha amiga Aldina Soares (a quem agradeço), que postou uma foto antiga sobre Formiga (MG), conheci, no Facebook, o Cleber Antônio Oliveira, detentor de uma enorme coleção de cerca de seis mil fotos antigas*, algumas delas, muito significativas, da Rede Mineira de Viação, tema de meu projeto de doutorado. Vide aqui.


Isso provocou um redirecionamento em minha pesquisa de campo. Há que se compreender que meu projeto não se restringe a fotografias de locomotivas e estações de trem, importantes sem dúvida, mas busca sua organicidade no período econômico, social, político e cultural no qual esse meio de transporte era um dos mais importantes, principalmente para o deslocamento de passageiros e, diferentes recursos materiais em longa distância.



Assim, o acervo de Cleber, contempla um primeiro desafio de classificação desse vasto material dentro das normas que permitam sua preservação digital e fácil recuperação e um segundo, que é o de estabelecer ligações entre os documentos imagéticos da ferrovia e os que se relacionam a ele e seus vieses já citados. Em resumo, se encaixa perfeitamente dentro das propostas do DIGIFOTOWEB e poderá constituir-se em valioso patrimônio futuro.



Porém, antes de adentrar em conceitos metodológicos mais profundos, gostaria de propor uma pequena “charada” a partir de uma foto um tanto curiosa, postada por ele e debatida com também meu recente amigo, Isaac Ribeiro, mestre em história pela Universidade Federal de São João del Rey. Ambos se propuseram a fazer uma pesquisa sobre uma curiosidade presente na imagem e já indicaram o caminho correto. Certamente, irão encontrar, assim espero, os elementos reveladores dessa “charada” e mais do isso, poderão contextualizar o documento em termos de sua organicidade arquivística (iconológica), embora a curiosidade pertença ao campo da iconografia (conteúdo da imagem).



Lançado o desafio, aguardarei comentários, primeiro daqueles que conseguirem identificar a “curiosidade” expressa no documento. Segundo, e já agradecendo, quem tenha conhecimento de tal fenômeno e possa contribuir para sua elucidação, especialmente com outros exemplos, ou tendências da época.



* Apenas uma pequena parcela das fotos está presente nos álbuns de Cleber no Facebook.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pesquisa: Rede Mineira de Viação (RMV, "Ruim, mas vai"): 1931-1953

DIMENSÕES INFORMACIONAIS DE DOCUMENTOS IMAGÉTICOS DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO NO BRASIL: 
o caso da Rede Mineira de Viação (1931 – 1953)

Niraldo J. Nascimento - Doutorado (2011-2014)
Orientador: Prof. Dr. André Porto Ancona Lopez
Linha de Pesquisa: Organização da Informação
Grupo de Pesquisa: Acervos Fotográficos
Faculdade de Ciência da Informação 
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCINF)

Resumo
Pesquisa, análise crítica, descrição e contextualização dos documentos imagéticos relacionados ao transporte ferroviário da Rede Mineira de Viação, de 1931 a 1953, especialmente fotografias, sua organicidade e recuperação em arquivos institucionais ou particulares à luz do contexto social-econômico, político e cultural. Como resultado, pretende-se a construção de uma base de dados de documentos imagéticos que reflita, em termos arquivísticos, o tema e período escolhidos, e que se configure como memória e fonte de pesquisa histórica.
Estação da RMV - 1948. Monte Carmelo (MG)
Objetivo Geral
Pesquisar e analisar os documentos imagéticos e seus arquivos institucionais e pessoais sobre a Rede Mineira de Viação, no período de 1931 a 1953, conhecida popularmente como "Ruim mas vai", de modo a realizar uma descrição crítica dos acervos e sua contextualização com os aspectos sócio-econômicos, políticos e culturais vivenciados pelo país no período citado.

Objetivos Específicos
Antigo mapa da malha ferroviária de MG
a) Recuperação da malha rodoviária da RMV e georeferenciamento de seus principais troncos e localidades;
b) Identificar os principais acervos de documentos imagéticos que compõem a história da Rede Mineira de Viação e realizar seu respectivo georeferenciamento;
c) Analisar os documentos e sua organização nos diferentes acervos, físicos ou digitais (suporte), institucionais ou pessoais e realizar uma análise crítica dos mesmos à luz das teorias e metodologias arquivísticas selecionadas;
d) Verificar se os documentos imagéticos e seus respectivos acervos têm representatividade com os aspectos sócio-econômicos, políticos e culturais do período;
e) Resgatar, através de entrevistas pessoais com os principais agentes e/ou seus familiares, a memória do período e contrapô-la à descrição dos documentos imagéticos existentes;
f) Compor uma descrição associada da documentação imagética e dos acervos com o contexto dos mesmos, dentro de uma perspectiva iconográfica e iconológica, compondo uma base de dados computadorizada.

Metodologia
RMV - Viagem a Caxambu (1934)
A pesquisa pretende fazer um percurso pelo tempo e espaço dos documentos imagéticos, tempo esse definido pelo período delimitado e, o espaço, representado em três abordagens diferentes: identificação do espaço geográfico (físico) percorrido pela RMV, o espaço cibernético (virtual) dos acervos e coleções e, finalmente, o espaço físico dos acervos e agentes ligados ao tema, caracterizando uma pesquisa in loco. Tal percurso, corresponde igualmente, à caracterização do universo da pesquisa, sujeito aos recortes que se fizerem necessários.
Estação da RMV em Santa Rita do Jacutinga (MG)
RMV - Ponte sobre o Rio Verde - Soledade de Minas (MG)
  • Delineamento do desenvolvimento da rede física da RMV. Para isso será realizada uma pesquisa histórica dos mapas geográficos existentes adotando as metodologias que se fizerem necessárias;
  • Identificação na Web, com base na área geográfica delineada, dos principais acervos virtuais disponíveis;
  • Identificação e descrição dos documentos imagéticos disponíveis;
  • Identificação, com base na área geográfica delineada, dos principais acervos físicos disponíveis;
  • Levantamento do contexto sócio-econômico, político e cultural do período, através de pesquisa documental, adotando as metodologias que se fizerem necessárias;
  • Visita, in loco, aos principais acervos e coleções, registro fotográfico dos mesmos e digitalização dos documentos mais relevantes;
  • Concomitante ao procedimento descrito no item anterior será realizada uma pesquisa com os agentes humanos envolvidos de forma a mapear narrativas que contribuam para a descrição dos documentos imagéticos.
Produto Final
Imagem meramente ilustrativa da ideia do BD
O produto final será a criação da base de dados computadorizada dos documentos imagéticos georreferenciados e referendados pela pesquisa.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A ilusão da visão provocada

Olá  amigos do DIGIFOTO!

Recebi algumas imagens esta semana via email e gostaria de compartilhar com vocês, ao colocar o título no post, foi uma tentavida de demonstrar o quanto uma imagem pode nos iludir.




Tenha cuidado ao ultrapassar, poderá ser atingido pelo pescoço da garrafa.















O que seria isso? Uma bolsa?








Tenham cuidado com os peixinhos.....é uma carga muito preciosa.










Cadê a carga? Queimou.......... e agora????








Essa!! Ficou bacana, será que a cobra vai conseguir......ahhaha.







  Estas pinturas nos caminhões nos mostram um pouco do que abordamos nos posts anteriores, quando estamos falando sobre o poder da imagem criada parecer com o real. Ou seja, nos fazemos essa interpretação.

A colocação  destas imagens, foi inspirada na imagem do cachimbo de Magrite, pois o que realmente é uma imagem diante do real? Mas, afinal que real é esse? 



Grande abraço à todos, esse post, foi somente para descontrair.