A imagem acima, de autoria de Benedito Duarte, integra o acervo do Arquivo de Negativos da Secretaria de Cultura de São Paulo (SAN). Uma visão conteúdista da imagem buscaria identificá-la junto ao seu fotógrafo e à cena retratada. O problema é que esse tipo de abordagem geralmente acaba por desprezar (não por intenção, porém por consequência) os dados contextuais de geração arquivística; ou seja, a mando de quem tal foto foi produzida e para quais finalidades administrativas? Além disso é vital entender os motivos pelos quais o documento foi preservado, isto é para o atendimento de quais funções probatórias.
Tais pontos são a chave para uma melhor solução do desafio anterior, que será mais detidamente abordado no próximo post e estão presentes em uma situação real analisada em texto publicado na revista Alexandrí@; Revista de Ciências de la Información de la Facultad de Letras y Ciencias Humanas de la Pontificia Universidad Católica del Perú (ISBNe 1991-1653).
O artigo aborda a conceituação de documentos fotográficos de arquivo, os quais costumam ter seu sentido administrativo original adulterado quando são constituídas coleções de imagens não assumidas como tais. O ponto de partida é a situação concreta, ocorrida no SAN no final do século XX. A conclusão apresenta uma proposta, sob a ótica da Arquivologia, para que as características administrativas dos documentos fotográficos de arquivos possam se fazer presentes.
Acesse aqui a versão on-line do texto (demora um pouco para carregar). Se preferir baixe o artigo em PDF aqui.
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