quinta-feira, 19 de maio de 2016

Excertos de Wersig & Neveling, Neiva Jr. e Sánchez-Vigil, Marcos-Recio & Olivera-Zaldua

Em continuidade à dinâmica da disciplina, foram selecionados alguns excertos dos textos escolhidos para tratar do conceito de Comunicação da Informação:

Bruno Souza:
WERSIG , Gernot; NEVELING , Ulrich. The phenomena of interest to information science. Information Scientist, v.9, n.4, p. 127-140, Dec. 1975. Versão traduzida para o português por Tarcísio Zandonade: Wersig & Neveling. Os fenômenos de interesse para a ciência da Informação.

Gernot Wersig: Cientista da informação, nascido em 1942 na União Soviética, radicado na Alemanha, Wersig é um dos poucos cientistas que trabalhou com um fundamento sociológico para a Ciência da Informação. Após estudar Jornalismo, Sociologia e Ciência da Documentação obtêm o título de Magister Artium (M.A.) em 1967. Entre 1968 e 1977 trabalhou com outros cientistas e professores assistentes no Instituto de Documentação e Estatísticas Médicas da Universidade Livre de Berlim. E em 1971 concluiu o doutorado obtendo o grau de PhD em Ciência da Informação e Documentação.

Ulrich Neveling: Cientista da informação alemão. Assistiu a Gernot Wersig nas investigações sobre a ciência da informação na década dos 70. Atualmente prossegue seu labor acadêmico e de investigação na Biblioteca do Instituto de Jornalismo da Freie Universität Berlinde (Alemanha).

"O caso extremo de polissemia na comunicação técnica da informação e da documentação é o termo ‘informação’. A análise semântica feita por um dos autores deste trabalho mostrou que existem, pelo menos, seis diferentes abordagens para o uso e significado do termo em todo o campo da disciplina. Obviamente, cada uso e significado do termo é justificado, mas como a ambigüidade é um dos maiores entraves na comunicação científica e na elaboração de teorias, dever-se-á encontrar uma regra para avaliar qual é o significado que convém para cada objetivo." (p. 5)
"Se o termo ‘informação’, ou um de seus derivados como ‘informática’, é inevitável, deveremos deixar claro, em cada caso, seu significado." (p. 9)
"A abordagem puramente prática, com métodos tradicionais, de preferência biblioteconômicos, provou ser ineficaz para a solução do problema fundamental. A partir dos requisitos de uma prática que cresceu e se tornou cada vez mais complexa, emergiu o trabalho científico, e, em seguida, apareceu um grupo de pessoas, foi utilizada uma nova tecnologia e surgiu a comunicação especializada. Desta maneira desenvolveu-se uma nova disciplina – não por causa de um fenômeno específico, o qual sempre existira e agora se transformou num objeto de problema cuja relevância para a sociedade foi completamente alterada. Hoje, o problema da transferência do conhecimento para aqueles que dele necessitam é uma responsabilidade social e esta responsabilidade social parece ser o motivo real da ‘ciência da informação’." (p. 11) 
"A solução ampla pode ser baseada na abordagem estrutural da informação. Se cada estrutura do mundo objetivo é ‘informação’, uma ciência relacionada com os métodos de descobrir esta informação, de representá-la, e de transformá-la em novas representações que permitam conclusões adicionais, será possível e útil para todos os tipos de atividade científica." (p. 12-13) 
"As soluções ampla e média foram similares no fato de não possuírem nenhuma limitação da área em que a informação é considerada, mas foram diferentes na generalidade do conceito básico de informação. A solução estrita (tal como lançada aqui) não propõe uma compreensão limitada de ‘informação’, mas da área em que a ‘informação’ é considerada. Esta é, naturalmente, a solução que não é (como as soluções ampla e média) baseada em interesses abstratos, teoréticos, mas em problemas práticos que devem ser resolvidos." (p. 15)

Um comentário:

  1. Os excertos destacam a dificuldade na comunicação da informação. Tal dificuldade é inerente ao processo de comunicação que depende de como se dará a codificação da mensagem e de como ela será recebida. Sem lembrarmos de outros componentes que afetam o ato comunicativo.

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