terça-feira, 20 de agosto de 2019

Informação como coisa - Michael Keeble Buckland

Por Rafael Dias da Silva


Michael Keeble Buckland (nascido em 1941) é professor emérito da UC Berkeley School of Information e co-diretor da Electronic Cultural Atlas Initiative.

Em 1991, Buckland escreveu um artigo para o Jornal da Sociedade Americana para Ciência da Informação (JASIS), intitulado "Informação como coisa".

Sobre o artigo, que será discutido na matéria Gestão de Documentos Fotográficos, a ideia é apresentar 3 pontos que nos chamaram mais a atenção. Esses pontos deverão ser postados no Blog do GPAF e debatidos em sala de aula.

No artigo, o autor apresenta três significados para a palavra “Informação”:

Informação-como-processo

Quando alguém é informado, aquilo que se conhece é modificado. Nesse sentido “informação” é “O ato de informar...; comunicação do conhecimento ou “notícia” de algum fato ou ocorrência; a ação de contar ou de ser informado de alguma coisa” (Oxford English Dictionary, 1989, v.7, p.944).

Informação-como-conhecimento

“Informação” também é usada para denotar aquilo que é percebido em “informação-como-processo:” o “conhecimento comunicado referente a algum fato, assunto ou evento particular; aquilo de que se é informado ou contado; inteligência, notícias” (Oxford English Dictionary, 1989, v.7, p. 944). A noção de informação como a que reduz a incerteza pode ser vista como um caso especial de “informação como conhecimento”. As vezes informação aumenta a incerteza.

Informação-como-coisa

O termo “informação” também é usado de forma atributiva para objetos, tais como dados e documentos, que são referidos como “informação” porque são considerados informativos, como “tendo a qualidade de transmitir conhecimento ou comunicar informação formação; instrutivo.” (Oxford English Dictionary, 1989, v.7, 1946).

Importa ressaltar que o texto acima foi discutido previamente em postagem no Blog do GPAF, em 08 de abril de 2016. <http://bgpaf.blogspot.com/2016/04/excertos-de-buckland.html>

Referência:

BUCKLAND, M. Information as thing. Journal of the American Society of Information Science, v. 42, n. 5, p. 351-360, 1991. 
Acesso em 20 de agosto de 2019.

3 comentários:

  1. A informação como coisa seria tudo que conseguimos categorizar, classificar, descrever, ou mesmo, definir o seu propósito dentro de um contexto?

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  2. As discussões sobre o assunto aprofundam questionamentos como o que é informação. Parece fácil, mas vemos no texto que é um assunto de profundidade.

    Dentro das indicações de Buckland (1991) sobre os significados de informação - "informação-como-processo", "informação-como-conhecimento" e "informação-como-coisa", verifica-se a base para a classificação de atividades de informação relacionadas com as mais variadas questões.

    Entre as coisas que me pareceram mais interessante no texto chama a atenção como Buckland (1991) explica sobre os quatro aspectos da informação, que sáo a intangível (informação-como-conhecimento; conhecimento; informação como processo; tornando-se informado) e a tangível (informação-como-coisa; dados; documentos; processo da informação; processamento de dados). É interessante como Buckland (1991) coloca em debate a diferença entre conhecimento e informação-como-conhecimento e a informação-como-coisa.

    Diante disso, fica a pergunta. Temos ou não um consenso em relação ao que é informação? Quais abordagens parecem mais adequadas à área da Ciência da Informação?

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  3. Além das colocações acima, me chamou atenção o descrito pelo autor nas interpretações e conclusões sobre evidências, em que apresenta a característica da fotografia não indicar movimento e poder não retratar cores, mesmo em fotos coloridas, ou as reproduzindo imperfeitamente (se apaga com o tempo). Aqui teríamos limitações na informação? A fotografia original sofreria mutação?

    O próprio autor, mais adiante, cita o contínuo progresso da tecnologia da informação na melhora da habilidade de fazer descrições físicas, aperfeiçoando desenhos em fotografias e estas aperfeiçoadas em imagens digitais. Esta "evolução" preserva a essência da informação?

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