sexta-feira, 20 de abril de 2012

Reflexão sobre características da Diplomática em documentos audiovisuais


A Diplomática identifica nos documentos as características formais que os definem. As análises de materiais não convencionais, hoje realizadas muitas vezes não permitem identificar dados típicos da Diplomática tradicional, tais como protocolos iniciais e finais. O desafio a ser enfrentado pela Diplomática especial perpassa a adaptação dos elementos tradicionais na análise dos documentos contemporâneos. Nossa preocupação relaciona-se aos registros imagéticos e audiovisuais. O material audiovisual pode ser armazenado de diversas formas, em vários formatos e diferentes suportes. A facilidade que temos hoje de manipular uma imagem de vídeo, permite que a mesma imagem em movimento seja parte integrante de diferentes arquivos ou bibliotecas. 

A análise e organização de informação de tais documentos carece de maiores definições conceituais quanto aos seus elementos constitutivos. Por exemplo: em um documento textual a identificação do protocolo e escatocolo não costuma ser problemática, mas como é que fica essa questão em um programa de telejornal? Quais seriam o protocolo e escatocolo do telejornal? Se uma empresa de telecomunicação armazena sua produção jornalística na íntegra, ou seja, com todas as partes que identificam o programa jornalístico que veiculou aquelas notícias (abertura do programa e créditos), é possível facilmente detectar características de protocolo inicial e final. Quando são armazenadas as mesmas imagens em seu formato "bruto", o seja, sem as edições finais do programa, tais características não são encontradas.

Para uma visão mais geral dessa questão veja vídeo sobre pesquisa de graduação realizada por Laila Di Pietro aqui e/ou baixe o trabalho completo a partir daqui.

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Laila Di Pietro e André Lopez

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