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Será que o processo de produção automática de imagens, quem tem raízes na fotografia e, posteriormente, na digitalização poderia ser o responsável pela formação de uma nova área do conhecimento, uma nova ciência? A Imaging.org se autodefine como "Society for Imaging Science and Technology". Antes mesmo de entrar em considerações de ordem teórica é necessário tentar entender melhor o termo "imaging", cuja tradução para o português é bem problemática. "Imaging" seria o processo de imaginar, mas que não é sinônimo de imaginação. Tampouco seria possível tentar uma nova palavra, como por exemplo, "imaginologia", uma vez que o sufixo "ing" remeteria ou a uma ação/processo ou, até mesmo, a uma técnica. Apesar do estranhamento inicial, a palavra "imagística" já começa a ser utilizada em alguns espaços virtuais. Há algum tempo atrás, o uso do vocábulo "imagético" (ver post aqui) sempre necessitava de algumas linhas explicativas quando usado em situações acadêmicas. Tanto eu (em 2001), como Aline Lacerda (em 2008), fomos questionados em nossas defesas de doutorado sobre a pertinência do termo. Hoje imagético tem sido cada vez mais utilizado, tornando-se mais familiar (o que não justifica a ausência de que haja uma definição conceitual, pelo contrário). Será que o mesmo ocorrerá com a imagística? Meu colega Mike Carden, dos Arquivos Nacionais da Austrália, escreveu-me, sem nenhuma observação conceitual preliminar: "entendo que a ciência da imagística digital tem suas raízes no scaneamento e na fotografia. Essa área, porém, com grandes projetos em curso em todo o mundo para digitalização de documentos de papel para o acesso, tem sérios desafios quanto à preservação".
O processo de produção de imagens automáticas têm estado cada vez mais presente nos microscópios de grande precisão e resolução, em diversas áreas de diagnóstico de saúde, na preservação de documentos, na produção de documentos de identificação e na sua validação, na migração de informações e, até mesmo, no controle de trânsito. Sabemos que a existência de uma sociedade científica internacional e a busca e aprimoramento constante em termos de inovação podem caracterizar, contemporaneamente, um campo científico, mas será que são suficientes? Será que o estudo dos acervos fotográficos poderia estar inserido em tal área? Ou isso dependeria do enforque a ser dado aos acervos (como objeto de estudo)? Será que a imagística propicia (ou tenta, ou permite) uma explanação para melhor entender fenômenos? Não há dúvida que algumas de suas técnicas permitem que isso seja feito por outras áreas, mas será que ela tem potencial para fazê-lo de modo mais autônomo?
Muitas questões e nenhuma resposta conclusiva. Mais informações para quem quiser conhecer um pouco mais sobre o problema podem ser buscadas no portal da sociedade internacional em http://www.imaging.org. Há também uma conferência internacional prevista para breve, cujo programa pode ser baixado aqui.
Estou no ECM road show e acabei de ouvir o termo "document imaging"!
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